Eu me fiz na falha, no erro
Eu me conheci na covardia
no medo de aceitar, enfrentar
Eu quis não mais querer sofrer
Eu quis não mais querer chorar
Eu escolhi a derrota
Eu não encarei a verdade
Preferi me esconder
Decidi fugir
Me refugiei no abismo
Corri
e cai do meu próprio precipício
Fingi tentar
Fingi gostar
Fingi o espanto
a vontade
a novidade
Menti o gozo
Enganei um amor
Jurei em falso
Fiz de propósito
Desejei o não eu
Me esquivei de mim
Feri a mim mesma
Não me arrependi
Perceber o cotidiano, reparar no comum, olhar pro banal, ver o aparente invisível e aparecerem neles as novidades esquecidas. É assim que escrevo.
terça-feira, 10 de julho de 2012
quinta-feira, 5 de julho de 2012
Maré de overdoses
Os comprimidos abrindo a parede do estômago
A cabeça de ponta-cabeça
A ausência
Aquilo que eu achei que era ontem, mas era hoje
Os morangos na mesa da manhã
Os braços no abraço
A permanência
Aquilo que eu achei que era hoje, mas era ontem
A cabeça de ponta-cabeça
A ausência
Aquilo que eu achei que era ontem, mas era hoje
Os morangos na mesa da manhã
Os braços no abraço
A permanência
Aquilo que eu achei que era hoje, mas era ontem
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