domingo, 6 de janeiro de 2013

Pela minha boceta sai o sangue quente vermelho do meu coração. Um grito trancado na boca aberta. O vermelho coalhado escorrendo pelas minhas pernas rasga minha pele, estoura minhas veias, perfura meus poros. E eu. E eu me devaneio, me desanuvio. Fico seca. Osso. Caroço de mim.

O que foge do meu âmago encharca minha cama, inunda o chão do quarto e sobe para o teto pintando as paredes de vermelho-marrom. De cor-de-dor.

Quem veio me resgatar se machucou com a minha angústia e chorou cacos de vidro. Quem com medo de se aproximar e só espiou de longe meus olhos tristes abertos suou espinhos de rosas. Quem contou minha história vomitou amarelo pastoso. Quem ouviu ouve agora pro resto da vida meu choro agudo. Que não morreu. Que não parou. Que não acabou. Que não morreu. Que não parou. Que não acabou. ... ...

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