Jazz maquinário tocando no rádio,
tocando meus pelos arrepiados de medo da solidão. Da janela consigo ver um
pedaço de araucária um pedaço do prédio da frente. Mas só a luz do meu abajur
está acesa. A porta tá aberta, mas ninguém entra. Aqui no quarto não tem
cortina e mesmo assim a senhora que passa manhãs na sacada da frente não me
sorri. A lua já caminhou de um lado para o outro, mas meus pés continuam
fincados no colchão nem descem para o chão. Como se já não bastasse, eu quis
rever Melancholia. Como se fosse possível, eu discordei de mim mesma. Como se
adiantasse, eu fiz uma ligação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário