terça-feira, 1 de maio de 2012

Metalinguagem do amor

Nem sei como vou te contar
que aquele dia foi proposital
Nem sei se devo confessar
que muitas vezes te odiei
e que rasguei
a carta que não entreguei
Pensei em falar da tua
foto na minha carteira
pensei em contar do teu
amuleto no meu peito

As cores daquelas flores
Esquecidas na estante da sala
As dores dos meus amores
Perdidos em dias covardes
Os rumores dos bastidores
Antes do que ensaiei dizer
Os piores dos meus pudores
Que nunca tive, na verdade

Engole agora o meu
vômito de letrinhas
lambe
o suor das minhas mãos
aquece meu arrepio contínuo
me busca um copo de

calmante
e, por favor
alguma dose estimulante
porque agora eu confessei
entreguei a carta que rasguei
e contei do que é teu no meu

As cores daquelas flores
Esquecidas na estante da sala
As dores dos meus amores
Perdidos em dias covardes
Os rumores dos bastidores
Antes do que ensaiei dizer
Os piores dos meus pudores
Que nunca tive, na verdade

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